Pinterest reduz gastos com servidores em 62% após releitura de demanda

crédito: Adriele Marchesini

















Ryan Park, do Pinterest: construção baseada em cloud

Companhia conseguiu identificar reais necessidades de capacidade de servidor, o que permitiu redirecionamento mais eficiente

Nem sempre é necessário investir em inovação para ganhar produtividade e reduzir custos. Uma reavaliação de despesas, por vezes, pode garantir uma nova visão da companhia sobre o departamento de TI. E quando a empresa inteira se fundamenta, exatamente, na área de tecnologia, a situação ganha ainda mais projeção.
O Pinterest, rede social que se fundamenta totalmente na web, é prova disso. Uma releitura da demanda por capacidade de servidor levou a companhia a reduzir seu custo em 62%. O case foi apresentado durante o re:Invent, primeiro evento mundial realizado pela Amazon Web Services, que tomou corpo em Las Vegas (EUA).
“Conseguimos esse resultado porque construímos nossa arquitetura com princípios de nuvem”, argumentou Ryan Park, chefe de arquitetura do Pinterest. O executivo se apresentou duas vezes – mais brevemente durante o keynote do segundo dia do encontro, realizado na quinta-feira (29/11), e com mais riqueza de detalhes um dia antes, em uma sessão para profissionais técnicos.
O executivo conseguiu identificar seu nível de demanda (imagem) com ajuda da tecnologia de auto-escalabilidade da própria AWS. Como é possível ver, descobriu que o total, o pico de utilização, ocorre a partir das 18h, desvanecendo até a meia noite, horário local. Park atribuiu o comportamento ao fato de a maior parte dos usuários estarem nos Estados Unidos. Como é possível ver, a linha amarela mostra o nível de provisionamento, enquanto que a azul indica quanto é consumo (imagem ao lado). “Nós usamos 80 servidores para dar conta dessa necessidade, mas tarde da noite e de manhã, eles seriam desperdiçados”, contextualizou.
“Então, implementamos o programa de auto-escalabilidade – que em uma média – desligou automaticamente 20% desses servidores enquanto eles não eram usados. Como resultado, economizados 20% dos custos”. Mas as “boas notícias” não param por aí. A companhia também optou pelas diferentes ofertas de preços da AWS – custos on demand, em contrato de um ano e em contrato de três anos – para “economizar ainda mais dinheiro”, nas palavras do executivo. Conhecendo qual o perfil de uso do cliente, a companhia conseguiu escolher uma oferta que melhor atendesse no longo prazo, o que permitiu economia que variou de 40% a 70% do total, dependendo a situação
“Antes de fazermos isso, nossos servidores web custavam US$ 54 a hora rodada, caindo, depois das mudanças, para US$ 20 – quase dois terços de economia”, comemorou.
Park fez questão de detalhar os tais princípios de arquitetura que permitiram tal economia:
  1. Flexibilidade: o tráfego vai mudar e a necessidade de uso dos servidores também. Mas é primordial permitir que haja flexibilidade, sempre, para o usuário.
  2. Escalabilidade: o executivo explicou que esse passo deu um trabalho considerável para a equipe da companhia, mas que hoje, todo nível de aplicação pode ser escalável. “Se o servidor ficar muito pesado, podemos jogar esses dados para múltiplos outros servidores da base”, explicou.
  3. Capacidade de mensuração: esta última foi a que garantiu a economia estrondosa. Entendendo o comportamento de consumo de servidores, fica fácil redirecionar os gastos e permitir uma utilização mais eficaz dos recursos. Claro que isso pode parecer simples, mas criar todo o ambiente com esses fundamentos resulta em uma facilidade muito maior para executar esse tipo de avaliação.
*A jornalista viajou a Las Vegas a convite da AWS
 

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